Recentemente, o Prefeito de Filadélfia, Louro Maia, nomeou a mesma comissão que participou da organização do concurso público para apurar eventuais irregularidades. A decisão do prefeito foi bastante controversa, levantando questionamentos sobre a imparcialidade da comissão e a transparência do processo de apuração.
O concurso público em questão foi realizado no início deste ano e visava preencher vagas em diversas áreas da administração pública. No entanto, logo após a divulgação do resultado, surgiram denúncias de irregularidades no processo seletivo, como a falta de transparência nas etapas de avaliação e a suspeita de favorecimento de determinados candidatos.
Diante dessas denúncias, o Ministério Público também orientou o prefeito a editar decreto suspendendo o curso do concurso público pelo prazo de 90 dias. De acordo com ela, um grupo de candidatos acionou o Ministério Público apontando irregularidades no certame, como ausência de resposta a recursos interpostos e de objetividade e clareza na divulgação do resultado de alguns recursos. A recomendação levou em consideração diversos fatores.
O Prefeito Louro Maia, então, decidiu instaurar uma comissão para apurar as possíveis irregularidades. No entanto, para surpresa de muitos, ele nomeou os mesmos membros que haviam participado da organização do concurso. Essa decisão gerou críticas por parte de alguns setores da sociedade, que questionaram a capacidade da comissão em conduzir uma investigação imparcial e isenta.
A principal preocupação é que, ao nomear os mesmos membros, o prefeito estaria comprometendo a independência da comissão e, consequentemente, o resultado da apuração. Isso porque, ao participarem da organização do concurso, esses membros podem ter sido coniventes ou mesmo responsáveis pelas eventuais irregularidades que estão sendo investigadas.
Além disso, a decisão do prefeito vai contra os princípios da transparência e da imparcialidade que devem guiar qualquer processo de investigação. É fundamental que a comissão seja formada por membros independentes, sem qualquer vínculo com o processo seletivo em questão, para garantir a lisura da apuração.
Por fim, é importante destacar que a nomeação da mesma comissão pode minar a confiança da população no processo de seleção de servidores públicos e na própria gestão do prefeito. Espera-se que as investigações sejam conduzidas com seriedade e rigor, para que sejam esclarecidas quaisquer dúvidas e, caso sejam comprovadas as irregularidades, que as medidas necessárias sejam tomadas para corrigir os erros e garantir a lisura dos processos seletivos futuros.
Foram nomeados mais uma vez:
JORGE ADRIANO FERREIRA DE SOUZA (Presidente);
RITA DE CASSIA ALVES DE SOUZA (Membro) e
MARIA CÉLIA ALVES DE ARAÚJO (membro).
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